Sobre direitos e bem estar animal
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No dia 04 de outubro publiquei por aqui um artigo, “Veganismo e Bem Estar Animal”, em que eu comentava que as vezes parece que muitos entendem esta questão como “veganismo versus bem estar animal”, o que não era correto.
E terminava com :
“Estes escritos não foram feitos, certamente, para aqueles que não consideram índios ou quilombolas como seres vivos que merecem respeito ou atenção.
Mas foram feitos para aqueles que sabem que não estamos agindo corretamente com a maioria dos seres vivos da Terra, mas que não sabem o que fazer para reverter isso.
Nunca estivemos tão perto de fazer isso de maneira razoável a todos os envolvidos. Nunca estivemos tão perto de incluir conversas e ações a respeito da vida e a Terra a tantos.
Respeito.”
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Hoje, dia 13 de outubro de 2022, li este artigo-vídeo na UOL, que fala sobre as “galinhas livres”, galinhas que são criadas e vivem fora de gaiolas ( sobre as que são criadas dentro de gaiolas há de se falar em “criadas”, mesmo, por que isso não é bem o que podemos chamar de “vida”) e é um exemplo muito bom da diferença entre “Bem Estar Animal” e “Direito Animal”.
Uma reportagem interessante, bem feita, que ilustra bem como o considerar o bem estar de um animal faz diferença.
Mas são galinhas criadas para postura, que são mortas quando passam de seu período produtivo ótimo e que vivem para produzir, ou seja, sem depreciar um manejo que vise seu bem estar (mais que desejado), isso é feito enquanto puderem atuar como seres produtivos.
Não é um problema se for feito pensando em haver uma evolução rumo ao direito animal, que seria o animal viver o quanto ele deveria viver enquanto espécie, por exemplo. Algo que envolvesse uma Cultura Regenerativa.
É um problema se isso não acontecer.
Mas esta é uma observação para incentivar que cada vez mais pessoas e grupos pensem nisso.
Porque tanto para humanos, quanto para outros animais, se falar em bem estar no geral, e respeito à vida, está um bocado complicado.
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