Vivenciar ciência
.
Aqui a ideia, mais que “ensinar” sobre ciências, é fazer pesquisadores, e quem trabalha com ciência, “sentir e vivenciar”, para que o fazer ciência se torne algo mais natural e mais lógico (ainda que aparentemente se possa achar os dois conceitos antagônicos).
E que surgiu de minha prática em ser orientada em minhas monografias (faculdade de Medicina Veterinária, curso de Homeopatia na Associação
Paulista de Homeopatia e mestrado em História da Ciência/PUC-SP) e em minha tese (doutorado em História da Ciência/PUC-SP), e em ver em cursos de Homeopatia e outros (que fiz e em que participei).
A observação: como uma boa orientação faz diferença na produção de conhecimento.
O fato: se bem conduzida, ela é uma mentoria, com uma relação mestre-aprendiz, que serve para a vida e para a atuação profissional posterior.
Mas também percebi a utilidade de se ter mais de um orientador:
. o oficial,
. um orientador de conteúdo e de diretrizes gerais,
. e ter alguém (ou uma equipe) acompanhando o grupo de alunos /aprendizes para fazer com que este grupo se sensibilize e “sinta” o fazer científico.
Seria algo diferente da metodologia do trabalho científico, seria um “vivenciar o trabalho científico e a ciência”.
O porquê?
Porque acho que a) é um diferencial na construção da ciência em geral, e nas ciências da vida em particular, e b) é uma ação/intervenção que possibilita a construção do conhecimento por profissionais que, ainda que não sejam cientistas no stricto senso, estarão aprendendo como fazer ciência, e c) aprenderão a ter um olhar minimamente cientifico no seu dia a dia.
Após estudos, práticas, vivências e insights, pensei nesta complementação baseada na minha vida profissional, que é interdisciplinar e tem uma abordagem transdisciplinar, com ênfase em saúde, história da ciência, aquisição e gestão de conhecimento, gestão de comunidades (de prática, de aprendizagem e de experimentação) e em minhas vivências em redes como netweaver-tecelã.
Assim como um netweaver (tecelã) “vê e sente” redes, quem vai fazer e produzir nas várias áreas da ciência deve “senti-la e apreende-la”.
Para quem produz ciência, ainda que não vá fazer “o mergulho” que um historiador da ciência, um sociólogo da ciência, um filósofo da ciência fazem, fazer esta “sensibilização em ciência” melhoraria a qualidade de sua produção ( e melhoraria exponencialmente) se pudesse experimentar este “mergulho” por um período de tempo.
E isso necessariamente deveria ocorrer em um local onde possam ser montadas equipes interdisciplinares que desenvolvam métodos transdisciplinares para que este “sentir científico” possa ser explorado em toda sua potência.
.
Vejam esta apresentação:
.
.