VER COM OS OLHOS DO OUTRO
“Será que agora ele consegue ver o que eu vi, para que eu fizesse aquilo…?”
Não sei.
Este negócio de “ver com os olhos do outro” uma situação é algo complicado.
E em família é pior ainda.
Este caldeirão de amor e ódio, receios, necessidades, vulnerabilidades descobertas (mas que via de regra o outro não vê[1]), crescimento, involução, e que às vezes é só puro ódio, é o termômetro de muita coisa, mas geralmente visto com razoável clareza só por aqueles que estão fora da situação.
Mas algo me vem “martelando a mente” já há algum tempo: também não há campo maior de transformação, evolução, harmonização e transmutação para relacionamentos humanos.
Se conseguirmos enxergar, amar, entender (embora não é necessário que se concorde com), interagir (embora cada um deva ser respeitados em suas características e diferenças), dialogar (ou melhor, fazer dialogias), um enorme passo se está dando no sentido de entender o outro que estaria pretensamente distante[2].
Principalmente porque no “pequeno círculo maluco” de nosso núcleo familiar é onde mais nossas visões e tendências infantis (no sentido de [i]maturidade) se “mostram a nu” e onde acontecem coisas que machucam imensamente nossa criança interior (aquela que se permite fazer coisas que nos aquece o coração).
Se conseguirmos transcender a isso, fico pensando que o mundo não é o limite, podemos ir muito mais longe que isso.
Tão longe, mas tão longe, que conseguimos atingir este ser próximo a nós que muitas vezes parecem ser habitante de alguma galáxia distante.
E entendemos que o contrário também é verdadeiro.
[1] … inclusive porque “ver” implica em tantas outras coisas…
[2] Mas que paradoxalmente achamos muitas vezes que estão “excessivamente grudados” em nós.
Nesta semana os textos serão mais pessoais.
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Serão publicados textos que estão em :
https://behindthemoon.wordpress.com/
https://atrasdalua.wordpress.com/
https://poempoesia.wordpress.com/
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Porque as turbulências desta semana pedem uma reflexão (que talvez leve a uma inflexão) que só os ares mais poéticos possibilitam.
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