Sonhos
E conheço alguns-algumas tecedores-tecedoras de sonhos.
E vejo-os (as) tecer sonhos, as vezes freneticamente, as vezes com raiva, as vezes com desprendimento, as vezes com pressa, as vezes com o olhar distante, as vezes perdidos em seus mundos, as vezes perdidos nos mundos alheios, as vezes gritando, as vezes ausentes, as vezes sofrendo, as vezes sonhando...
Vejo-os (as) fazer isso no dia a dia, sem nem sequer questionar se deveriam fazer isso ou não.
São sonhadores (as) compulsivas, “procrastinadores (as)” que parecem ter em seu DNA a necessidade de sonhar e fazer sonhos.
E neste último paragrafo, o que os faz tão especiais para mim: são sonhadores que fazem sonhos. Que os tecem.
Fazedores sonhadores utópicos pés no chão
Assim, uma nuvem de algodão vira algo tecido que é dado a alguém.
E de nuvem em nuvem, se faz (fazem?fazemos?) vários céus.
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Teçamos.
Todos.
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