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Mergulhar em um local infestado de águas-vivas pode ser um pesadelo para qualquer um, mas existe um lago marinho onde os turistas podem fazê-lo sem medo de ser atingidos.
No lago Jellyfish no arquipélago de Palau, no Pacífico, os animais foram ao longo dos anos perdendo seus ferrões, tornando-se inofensivos aos humanos.
O lago foi no passado ligado ao Oceano Pacífico, mas quando o nível do mar baixou, as águas-vivas ficaram isoladas no local, rico em alimentos como algas.
Sem risco de predadores, a população de águas-vivas aumentou bastante.
Atualmente há cerca de 8 milhões delas no lago.
O Jellyfish é o único dos lagos marinhos de Palau aberto ao turismo.
Ele fica na ilha de Eil Malk, acessível por uma trilha a partir da praia.
O fotógrafo Kevin Davidson, dono de uma pequena loja em Palau, capturou atividades de turistas no lago.
(http://www.bbc.co.uk/portuguese/videos_e_fotos/2012/03/120305_aguaviva_rc.shtml )
Uma foto/reportagem que serve como uma metáfora interessante: para "perder os ferrões" também é necessário um ambiente compatível, seja ele construído por outros, por nós mesmos ou que nos seja dado (natureza).
Ando pensando nisso por conta de mídias e redes digitais sociais (ainda mais em tempos de Metaverso e seus ambientes e portais) e de como isso tem a ver com sensibilizações e desistências.
Por que cada vez mais vejo que para esta interação ser algo não extremamente forçado e/ou"business total" e "com cada vez menos ferrões ..." (ou não...), são necessárias mudanças de visão de mundo, de estruturas de pensamentos, de como se sente/apreende o mundo...
Ou a escolha, consciente, de onde se vai“perder os ferrões” e de onde se vai mantê-los, o que a meu ver é uma questão de sobrevivência e de manutenção da saúde (no mínimo a mental).
E nessa história meus referenciais remetem à Maturana[1]/Varela[2] (‘nós vemos o que conseguimos ver, o que nosso cérebro permite que vejamos”), a visão de biologia de Elisabet Sahtouris[3] (“A Terra é um organismo vivo”). E ir fazendo agora e sempre uma "biomimética[4] de pensamento"...
E falando e pensando em redes, e usa como referencial o que disse Augusto de Franco[5], “…me expliquem uma coisa: por que certas pessoas estão tão interessadas em "monitorar" redes sociais em vez de articulá-las e animá-las?” [6]
E eu acrescentaria:
Para que as pessoas querem as redes, afinal? Você pensa nisso?
Ou talvez estejamos entrando em um tempo em que, quem quiser ser minimamente saudável nas suas relações de suas comunidades, há de aplicar, com muito empenho, na Cultura Regenerativa. [7]
[1] Sobre Maturana: pt.wikipedia.org/wiki/Humberto_Maturana
[2] Sobre Varela: pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_Varela
[3] Sobre Elisabet Sahtouris: en.wikipedia.org/wiki/Elisabet_Sahtouris
[4] Definição: pt.wikipedia.org/wiki/Biomim%C3%A9tica
[5] Sobre: scholar.google.com.br/citations?user=1SK57zgAAAAJ&hl=pt-BR
[6] Sobre: https://www.facebook.com/augustodefranco/posts/362103947155143?notif_t=comment_mention
[7] Sobre Cultura Regenerativa: https://docs.google.com/document/d/1rjQzacbyTI3oYf8kSjy1rb2lYJujndpngYsKC9LwRKQ/edit?usp=sharing
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