Homo sapiens e Homo misericordia
Este texto foi primeiramente publicado aqui, em 2018, em outra época e outro contexto.
Para mim não é difícil colocar que existe o tempo “pré pandemia”, antes de 2018 (ou início de 2019) e o tempo “pós pandemia”, 2021-2022 (seja lá o que isso queira dizer de verdade, ainda não consigo avaliar). E não sei o que será 2023.
Mas o artigo continua válido e o republico aqui.
Li ontem, dia 20 de junho de 2018, um texto do Alex Bretas[1] no Medium, falando de várias coisas e entrelaçando a aprendizagem, o ser humano e alguns autores escolhidos por ele para uma reflexão muito interessante (recomendo a leitura[2]), e em certa altura do texto ele cita o Homo sapiens.
Eu li o texto e fiquei pensando no humano, na pessoa e em empreendedorismo.
Sapiens supõe um humano sábio. Poucos o são e nem ouso me incluir neste grupo.
Temos muito conhecimento e muita informação, mas temos pouca sabedoria. Temos erudição, mas pouca articulação sobre, entre e com os frutos desta erudição.
E continuei pensando, agora em empreendedorismo servidor, um empreendedorismo em que você atua no mundo com o que você pode e quer, mas que tem como pressuposto importante o autoconhecer e nunca mais sair deste caminho de autoconhecimento. E onde se deve, e este é um “pulo do gato” interessante, exercer a autocompaixão com profundidade.
Para isso, então deverá ser um humano, pessoa, com compaixão.
E como sapiens é uma palavra latina, fui pesquisar no Google Translator qual seria a forma latina de compaixão e a achei, misericordia.
Devemos evoluir.
Devemos fazer um empreendedorismo de vida que contemple a si mesmo, o outro, os outros, nós. Sabemos demais, mas entendemos pouco.
Precisamos nos tornar Homo misericórdia.
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[1] https://medium.com/@alexbretas11
[2] https://medium.com/@alexbretas11/o-que-aprendi-com-maturana-sobre-educa%C3%A7%C3%A3o-e-sobre-a-vida-4dc3964a3027
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