Li esta reportagem* no final do ano passado, sobre este documentário de Evgeny Afineevsky sobre o Papa Francisco.
E li nela sobre um dos sobrevivente de abusos sexuais por padres:
"...Tínhamos outro sobrevivente no filme, do Chile, mas ele não conseguiu estar em frente à câmera", conta. "Porém, ele contribuiu tocando violino, gravando toda a trilha do filme com seu instrumento. Foi um processo de cura para ele. Ele estava tão transformado depois das gravações porque era a dor dele expressa ali. Tudo isso foi muito especial para mim."
E sobre uma fala do Papa:
"... Você se lembra que ele literalmente cita Oscar Wilde? 'Todo santo tem um passado, todo pecador tem um futuro.' E isso é incomum para um Papa, citar Oscar Wilde. Mas é ele. É ele, e ele ama essa citação, e é o que eu tento mostrar. Ele não é perfeito, mas não tem medo de mostrar suas falhas."
E pensando:
As dores do mundo.
Feliz (feliz seria o termo?) de quem as enxerga.
E mais feliz ainda (talvez o termo seja abençoado) os que as enxergam banhados por calêndula, malva e erva baleeira, seja de verdade e/ou metaforiacamente.
Porque calêndula, malva e erva baleeira curam dores de machucados e machucaduras, (materialmente e metaforicamente) de corpo e (metaforicamente) de alma.
E as vezes basta um violino.
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